Porque tornou-se impossivel não escrever...
e porque gosto e me faz falta...
O Outono é minha estação alma. É ele que pinta meus sentidos. Adoro suas cores, seus aromas e essa sensação de despedida que deixa no ar… Outono é saudade…
Não há momento mais bonito para se virar uma pagina, para relegar para a memoria aquilo que um dia foi ou desejou-se que fosse…
Assim chega a hora, para mim de fechar este livro, que foi minha vida escrita e descrita nas palavras que se vestiram de sentidos e se fizeram emoção… Muita coisa aconteceu nestes quase cinco anos de partilha com quem quisesse me ler. Momentos bonitos, mil sorrisos e tantos outros feitos de lágrimas e de dor…uma dor que muitas vezes nem eu entendia.
Escrever foi o lavar a alma, sarar feridas, secar lágrimas mas também foi sorrir, amar e sonhar. Todos os sentimentos que se podem partilhar, eu coloquei aqui. Todos verdadeiros e sentidos. Muitas vezes os reli em outros blogs, sites e afins…nem sempre assinados mas não deixam de ser meus, sempre fui plagiada mas isso nunca me preocupou, afinal sou humana e os meus sentidos são iguais ao de toda a gente.
Não sei se vou deixar de escrever, talvez isso seja impossível, mas aqui, neste meu cantinho que já some quase 300 000 visitas não mais vou deixar falar a emoção. Não vou eliminar porque não quero destruir estes anos que são meu passado, vou apenas deixar de lhe acrescentar vida…
As vezes sentimos vontade de encerrar um capitulo, de o fechar para o guardar bem fundo na alma e no pensamento e para mim este é o momento… Preciso guardar para mim aquilo que me fere e me faz sonhar, analisar com calma e decidir sozinha aquilo que devo ou não fazer…Preciso ser eu apenas.
Assim, despeço-me de todos os amigos, visitantes e de todos aqueles que por vezes perdem tempo para me ler. Despeço-me com um sorriso e com uma pontinha de saudade… Mas despeço-me com a certeza que o Outono além de ser despedida, também é renovação…
Um beijo terno
Peguei nos pedacinhos soltos de minha alma. Sempre carregados de uma dor por entender… Juntei-os um a um, com muito cuidado para não quebrar nenhum.
Coloquei-os bem perto do coração, e uma chuva miudinha caiu em silencio…
Dei-me conta que não sou assim…Não sou Inverno frio e desolado… Não sou silencio, dor e solidão…
Então peguei em cores quentes, cores de um Outono bonito, cheio de uma doce nostalgia… Cores de um por de sol que se despede do dia com suavidade… Pintei todos os bocadinhos com uma pitada de melancolia e muita, muita magia.
Sim, agora sou eu tal como sou… Alma de Outono… Com sorrisos tímidos e saudades mil.
Faz hoje mais ao menos um ano e um mês que foram anunciadas as novas sete maravilhas do mundo. A 07/07/07 num evento de grandes dimensões que se realizou no nosso país anunciaram uma a uma aqueles que são hoje os monumentos mais visitados do mundo.
No entanto, hoje passado mais de um ano, hoje dia 08/08/08 achamos por bem votar e decidir a quem seria mais bem entregue o título de 8ª maravilha do mundo…não precisamos de pensar muito!
Começamos por pensar nas características necessárias para tal título honroso, apreciamos a beldade: cabelos loiros (loira burra), o porte (difícil encontrar alguém com tanto de altura como de largura), a inteligência (apenas que artificial), o sorriso (com alguns dentes para obras), a simpatia (é de fugir), a generosidade (gananciosa como tudo!)
Por tudo isto e muito mais, chegamos à conclusão que apenas existiria alguém com tais características e digna de tal menção honrosa.
Nada mais, nada menos que a nossa querida (fica sempre bem dizer, não fica?), querida irmã Madalena, que hoje completa mais um aniversário, e já lá vão… deixa cá ver, hum… 08+08+08…. Hum…são 24….ao contrário….42….mais coisa menos coisa e dará isso tudo e muito mais! (Não fica bem revelar a idade de uma senhora!)
Pois é tu é que pediste, querias lamechices? Querias muito amor e carinho? Palavras bonitas? Palavras levam-nas o vento…apenas fica o que se sente.
Hoje é o teu dia, e por muitas palavras que possamos dizer, nenhuma conseguirá exprimir o que realmente te queremos dizer. Somos uns sortudos por te termos no nosso caminho, do nosso lado, no bem e no mal, com o mesmo sorriso de sempre…sem dúvida alguma a esposa, a mãe, a filha, a irmã, a tia que muito amamos.
Assim Madalena, podes não ser a oitava maravilha do mundo, mas sem dúvida que és parte importante no “nosso” maravilhoso mundo.
Muitos parabéns…
A tua família.
Liberta-me deste sonho onde me prendes. Solta-me as asas e deixa-me voar para longe de ti. Dá-me a liberdade que me roubaste fazendo-me amar-te assim…
Chega de dores miudinhas que machucam meu coração. Chega de afagos nesta alma sofrida. Provoca uma dor maior, intolerável e faz-me odiar cada instante contigo…
Queima as últimas esperanças, destrói todas as ilusões. Faz com que cada palavra tua seja uma ferida profunda e de cada cicatriz uma marca para a vida…
Faz-me arrepender deste sentimento que tanto me fez sorrir e apaga do meu pensamento tudo aquilo que quis ser…e nunca fui…
Liberta-me…de ti…de mim… e deste amor!
Mas no fim, permanece em mim…porque sem ti já não sei viver…já não sei amar…
Acolho no peito, por querer ou talvez não, todas as dores que me ferem a alma… Não fujo de nenhuma, pelo contrario, volta atrás nos meus passos para a sentir de novo… Ela deixa de ser a mesma, ganha uma nova cor, outra intensidade…mas não muda nunca de lugar.
Algumas ganham o titulo de saudade, outras de mágoa… Numas encontro o amor calado e noutras ainda o desespero de tanto amar!
Vão perguntar porque guardo todas elas, porque volto onde elas me feriram. A resposta pode não ter lógica mas é a única que tenho para dar…
Somo todas as dores em meu peito, pequenas e grandes, leves e profundas porque um dia, elas serão uma única só em meu coração e de tão intensa, por doer tanto assim, deixará de ser dor, para não ser mais nada…
A dor será apenas um sentido vazio, oco das emoções que a causou…
Há dias em que eu gostava de viver numa ilusão, num sonho onde ainda existe esperança. Viver uma mentira onde tudo fosse possível, em que tudo seria perfeito…
Mas eu sei que não se vive de histórias de encantar mas sim de verdades e de realidade.
Muitas vezes levantei os pés do chão, ganhei asas nas doces fantasias que eu decifrava nas entrelinhas. Muitas vezes vesti-me de magia em momentos só meus onde tudo era perfeito, e mesmo que houvesse dor, ela era tão doce como a saudade.
Passei tempos infinitos moldando sorrisos, enfeitando os dias de cores alegres e fazendo das mais tristes, noites de harmonia entre estrelas e o luar. Construí castelos com as palavras… vivi neles as mais belas aventuras…e desventuras…
Há dias em que a verdade dói demais, em que ela dilacera a alma com sua razão. Não queria ver essa verdade tão crua e tão isenta de feitiços mas foi a única que me deste…
Não queria descobrir que estavas certo mas sim continuar nas minhas verdades tão absolutas e tão minhas…
Mas tens razão… Não olhamos com olhos de ver e muitas vezes procuramos no horizonte aquilo que está na praia aos nossos pés…
Não te vou agradecer tu única verdade…nem te culpar por me teres roubado todas as ilusões… Vou apenas deixar o tempo cobrir minha alma com o bálsamo do esquecimento…
Tentei escrever o que o meu coração sente, mas não fui capaz. As palavras nasciam escuras, sem as cores que tu davas aos dias, sem o som cristalino de tuas gargalhadas tão gostosas.
Não quero pintar minha saudade com a escuridão da noite, nem com o negro da dor. Quero que elas tenham teu sorriso, tuas brincadeiras marotas e toda a tua alegria. Foste riso em nossa vida durante teus 21 anos.
Por isso, hoje deixo as saudades correr nas minhas veias e encher minha alma daquilo que sempre nos deste… amor!
Continuas vivo em nós… No coração e nos pensamentos de todos nós, que te amamos.
Deixo um beijo e uma lágrima em cada estrela para que te sejam entregues Freddy, meu sobrinho.
Sinto tanto tua falta…
Não procuras descobrir os segredos que escondo,
Contenta-te com as pétalas, pedaços de alma que te dou.
Não queiras ver além do que te mostro,
Mas vê nas palavras tudo o que sou.
Dispo a alma do sonho que a vestiu e de novo mergulho na dança da solidão…
Visto-me de chuva, nas lágrimas caídas…
Entro na valsa dos sentimentos e despeço-me das emoções que nasceram…
Volto de alma vazia, coração sem ritmo, corpo isento de sensações…
Esqueço a vida que me embalou…volto para a noite do esquecimento!
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada… a dolorida…
Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!…
Sou aquela que passa e ninguém vê…
Sou a que chamam triste sem o ser…
Sou a que chora sem saber porquê…
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
Florbela Espanca - Livro de Mágoas
É nas noites vazias de sonhos e de sentidos que as dores se intensificam…Nos ecos das palavras silenciosas que a voz grita todo seu desespero…E na chuva de lágrimas salgadas que naufraga a esperança…
É na solidão acompanhada de ausências sentidas, que alma chora rios de desencantos…
Na quietude das noites vazias de emoções, que o coração canta sua tristeza tão magoada… E é nas dores de quem ama que as lágrimas se fazem mar de dor…
Porque não sei mais como sentir, o que fazer e o que dizer.
Porque sem ti não me reconheço nesta alma vazia
Nem entendo a melodia triste de meu coração…
Coloco entre tuas mãos a alma que se fez tua,
A vida que é metade de ti…
Não há palavra que seja mais abraço, mais beijo…mais carinho!
Nada do que eu possa escrever, poderia conter o tamanho do que és…
Então nada digo e mostro-te a cada instante o quanto eu amo-te…
Feliz dia Mãe!
Lábios que se tocam devagarinho, sem pressa…
Sentindo a textura, o sabor…a maciez…
A boca que se abre para conhecer…tactear… provar…
Línguas que se encontram, se reconhecem…se envolvem…
Bailado lento com sabor quente, húmido…intenso…
Paixão desperta nos sentidos, na pele…na alma…
Fome saciada no toque dos lábios… no infinito de um beijo…
Palavras em silencio, escritas nas bocas coladas…
Beija-me… suavemente…com ternura…com paixão…
Toma e trata com muito carinho…
Cuida com paciência, com ternura…
Embala-o com teu sorriso e com tua voz…
Sacia sua sede com uma pequena lagrima de alegria…
Aquece-o com tua pele quente…
Protege-o com a força do teu orgulho…
Envolve-o na quietude de tua alma…
Alimenta-o de tua paixão e do teu amor…
Deixa-o bater ao ritmo do teu coração…
E se não o quiseres…não o devolvas…
Não existe sem ti…
Joga fora, ainda que leve um pedaço de ti
Deste-me asas nos sonhos inventados…
De emoções e carinhos tantas vezes sonhados…
Fizeste-me voar por caminhos desconhecidos…
E a vida transformou-se em sentidos…
Prendi-te para sempre neste abraço feito de penas…
Na certeza de querer te amar apenas…
Envolvi-te no calor do meu bem-querer…
Abri meu coração para nunca mais te perder…
Asas me destes, feitas de sentimentos…
Agora deixa-me voar no teu pensamento…
Guarda de novo as asas da minha emoção…
Num cantinho do teu coração…
Visto-me no silencio em que a alma se calou…
Desisto desse amor que um dia nasceu…
Não é de ti que me afasto nem do tempo que passou…
É deste sentir que em ti, não viveu…
É no silêncio que me deixas que te beijo suavemente…
É nas palavras caladas que te digo o quanto me fazes falta…
E calando minha solidão, grito toda a saudade de ti …
E visto a alma de tua ausência para nunca mais estar só…
Como hoje é impossível poderes expressar o que sentes , escrevendo … escrevo eu para ti …
Tenho como objectivo encontrar palavras, gestos qualquer coisa que dê para exprimir o que sinto … até agora uma única maneira foi descoberta … através de ti.
Cada palavra que te disse, digo, e direi é das mais verdadeiras.
Momentos guardados … recheados de pura magia, derivados dos sorrisos.
Um sentimento que nunca será esquecido, sentimento único … aquele que só nós sentimos.
Provocamos o riso nas situações más… combatemos a solidão com pequenos beijos.
Estes que me mantêm feliz …
Gosto de cada dia que passa, olhar para ti e pensar … na sorte que tenho ao ter-te aqui comigo, ao receber teus carinhos e pensar que nada esta perdido …
Sou diferente.
Sou diferente ao saber que tenho o bem mais precioso … e que são raras as pessoas que o têm.
Das me a força que necessito cada dia …
Na vida há sempre aqueles momentos bons e maus … e tu tas sempre lá … uma palavra amiga, um ombro para chorar sempre que é preciso …
Isto tudo faz de mim o que sou hoje … feliz.
Por isso …
Agradeço te em todos os sentidos.
Amo-te …sei que é uma palavra muito pequena comparado ao que sinto … mas é a maior que consegui arranjar.
Beijinhos da tua menina ^^
Procuro por ti nas linhas que tecem meu coração, nas teias emaranhadas de pensamentos onde vives constantemente e nos horizontes de uma alma em silêncio, calada pela voz da solidão…
Descubro-te nas palavras soltas que nascem nas pontas dos meus dedos, escritas em folhas brancas como nuvens de algodão doce, trazendo o sabor das sensações esquecidas, das saudades daquilo que poderia ter sido e dos desejos que ainda persistem em minha alma.
Sei que te perco nas entrelinhas que só tu sabes ler, nas frases escondidas, nas rimas de uma canção, num fado tocado ao ritmo de uma lágrima, nos sonhos que se acabam em cada madrugada….
Mas sei que ainda vives em mim, ausente de sentidos, de promessas… no silêncio em que a voz se cala para não magoar, nos gestos suspensos num segundo que os ponteiros de um relógio esqueceram de marcar, nas emoções que ainda sinto e nos desejos por revelar.
Esqueço-me de mim lembrando de ti, sempre que a noite se ilumina com o brilho de uma lua cheia de paixões guardadas, sempre que o sonho se faz esperança… Esqueço-me para melhor te recordar nos dias que te trazem até mim, nas manhãs em que o sol devolve teu sorriso e nas tardes em que a chuva cai em teu olhar numa tristeza sem fim…
Lembro de ti nas horas que se fazem tempo passado, nas palavras escritas num futuro que nasce e morre no agora. Lembro para não te perder nas memorias de uma vida que passa e fica… gravada na alma com aquilo que um dia eu sonhei…
Procuro-te para não te perder… Esqueço-me para te lembrar…
Há momentos em que a lágrima é sorriso…
Há momentos em que a lágrima é dor…
São horas cheias de ti…e outras vazias em mim…
Existe tu…Procuro por mim em ti…
Há lágrimas que são tudo…
E há lágrimas que não são nada…
Momentos contigo em mim…
Escritos numa lágrima…
Não sei quando te voltarei a ver ou a ter notícias tuas, mas sabes uma coisa? Já não me importo, porque sempre soube que ia ser assim. Guardei-te no meu coração antes de partires. Numa noite perfeita entre tantas outras, liguei o meu coração ao teu com um fio invisível e troquei uma parte da tua alma com a minha, enquanto dormias.
Margarida Rebelo Pinto in "Vou contar-te um segredo"
Gritei teu nome na voz silenciosa da noite.
Procurei-te na presença das estrelas ocultas.
E perdi-te na indiferença de uma lua vazia…
Já não vives em mim…
E sinto falta de todos os sentidos
E emoções que me deste ou que eu inventei.
A noite volta a ser oca de sonhos…
Já não vives em mim…
E sinto tua falta!!
Na solidão do dia que caminha lentamente por entres as horas de silêncio,
procuro no tempo que passa,
a resposta para a ausência…
A todos que por aqui passam, desejo um santo Natal…
Que o Pai Natal seja generoso em saúde, alegria e muito amor…e que não esqueça de deixar também algum dinheirinho no sapatinho!!:-)
Que seja uma noite feliz, cheia de esperança e muitos sorrisos.
A todos que foram de um jeito especial, meus amigos e tiveram a paciência de me ler, que o novo ano chegue repleto de sonhos realizados e de outros mais bonitos ainda para acalentar a alma e os corações.
Um beijo do fundo do coração e o meu sentido obrigada
O tempo amanhece com lágrimas de chuva e o dia parece tão frio, tão vazio…
Olho as ruas que reflectem o cinza das nuvens e deixo o pensamento vaguear.
Tudo tinha magia quando as palavras eram feitas de sorrisos. Os sonhos nasciam nas pontas dos dedos, baseados nas telas que o pensamento pintava de azul. Havia ilusões que se criavam e faziam a alma voar, havia vontade de segredos, de desvendar mistérios e de construir enigmas com os sentidos…
Houve tempos em que o silêncio era uma dor e logo o som calado das palavras escritas enchiam páginas de poesia. As lágrimas de chuva escorriam pelo rosto, escondidas pelo desejo de dar carinho, mascaradas pelos raios de sol que os sorrisos traziam. A mágoa era transformada em carícia suave na alma!
Sinto falta das horas em que te tinha em mim, escondido nos recantos da alma, embalado nas batidas do coração que batia para ti. Sinto falta de todos aqueles sentidos, que mesmo estranhos, eram aqueles que faziam o dia brilhar…eram os que faziam os sonhos encher as noites de solidão…
Saudade daquilo que eu inventei, usando aquilo que me davas…
Saudade de mim quando te tinha…
Saudade de ti…
Coloco a página em branco diante de mim e devagarinho, sem saber bem porquê, vou soltando salpicos de alma. A folha enche-se pouco a pouco de pequenas letras, sussurros de um coração que canta a melodia de uma saudade…
As letras juntam-se e formam pequenos amontoados de emoções, sem definição, sem limites…apenas montinhos de sentidos soltos no vento do norte e que se transformam em lágrimas de chuva miudinha…
Nas frases construídas pelo pensamento e escritas com as sensações nas pontas dos dedos, crescem bocadinhos de um sentimento bonito que nasceu. Florescem como papoilas, livres de sentirem a brisa suave do entardecer e de embalar na valsa do tempo, toda a magia que teima em não morrer…
O branco ganha a cor de um olhar que se perde num céu azul e as linhas pintam-se de amor e paixão num pôr do sol que se faz infinito num fim do mundo onde as emoções são ondas de um mar sempre em mudança…
Nascem tempestades de dores, e as ondas que as palavras fazem ondular no oceano dos meus sentidos, beijam a praia do meu ser, castigando-me com a força da ausência… Sem porto de abrigo onde ancorar, deixo-me naufragar…
A página da vida foi escrita, enchendo-se de palavras soltas e de emoções sentidas. Palavras sem cor, vestindo o negro da dor, suportando o peso da ausência mas guardando nas entrelinhas que vai escrevendo, toda a esperança de um sonho…
Na incerteza do teu bem querer,
Encontro as duvidas que meu coração enamorado chora,
Lágrimas dos desejos sentidos e dos sonhos nunca esquecidos…
Diz-me nas pontas dos dedos de que é feito teu querer…
Diz-me nas palavras silenciosas, se bem…se mal…
E devolve a alma que se perdeu em ti, o sonho de te amar…
O que importa se é apenas uma ilusão? Se quando chegar o dia, nada fica além de uma suave recordação? Não quero fingir que o mundo se vestiu de azul, mas sim acreditar que no verde com que se pinta, existe todas as cores do arco-íris…
Que importância tem, se aquilo que por um momento embalou teu coração, não passa de uma saudade? Que mal tem viver num pequeno mundo inventado se cada segundo passado a imagina-lo fez sorrir, sentir…amar?
Quero os segundos de uma vida, ainda que apenas sonhada nas horas vazias. Quero os sentidos provocados pelas emoções que permanecem mesmo depois do sol levantar. Não é no sonho que somos perfeitos? Fáceis de amar, desejados e cheios da tal felicidade que se almeja?
A alma solta-se e procura no sótão da nossa memória tudo aquilo que foi dito, feito e sentido para que o sonho seja perfeito. Ela vagueia pelas frases ditas em silencio, pelos gestos trocados na solidão, pelo sentimento que nasce do nada mas que se faz luz na escuridão da noite…
Inventa comigo a magia do bem-querer, a doçura de um amor sereno, a paz de um sentido que se faz guerra na paixão que desperta. Ajuda-me nos caminhos que traço pela noite fora, contando as horas nas batidas de um coração enamorado…
Junta-te a mim, nas ilusões que o mar vai trazendo até a praia dos sentidos. Esquece a vida por um momento e entra no sonho em que tu és poesia. Não deixes a aurora roubar-te a alma que te embalou no escuro nem ao coração que por ti cantou…
Inventa comigo memorias, saudades, sentidos e desejos… Inventa comigo um momento de amor…e deixa-me sonhar!
Vou envolver-te com as palavras de um conto e…
… fazer cair a resistência na procura do prazer!
As palavras são musica que a alma vai cantando devagarinho, tocando suavemente, com as pontas dos dedos, os sentidos de quem amamos…
São gestos inventados nos sonhos que pintamos nas noites de paixão e silêncios que gritam a saudade…
As palavras traduzem as emoções da pele, os batimentos do coração e a dor de um prazer desejado…
Ecos de murmúrios ditos em segredo nos sentidos que envolvem os corpos, aprisionando-os no infinito das sensações…
As palavras são aquilo que te dou, nas páginas em branco de minha vida, nas linhas que traças em minha alma…
E nas pautas do teus sentidos, desenho-as com a melodia de um doce amor!!
Foste palavra escrita nas pontas dos dedos,
Mil emoções sentidas no coração…
Foste passado e presente…
Futuro nos sonhos sonhados…
Foste…és... emoção tatuada em mim!
Dispo a alma dos sorrisos que a enfeitaram e esqueço os arco-íris que trouxeram as cores claras de um dia de sol, escrito nas palavras que se soltaram…
Solto o cabelo onde os raios de sol brincaram e volto a penteá-lo de estrelas e luares, num céu de escuridão onde me perdi…
Deixo a melancolia voltar para me encher o coração com o Outono que sempre foi meu aconchego…
Esqueço os momentos que me iluminaram os caminhos de solidão e de novo volto a trilhar as estradas de uma dor por entender…
Visto-me de penas e magoas para sentir que não esqueci, mas que de tudo o que foi e o que não foi, resta uma saudade e um doce sentir…
Despedi-me de um amor que se fez melodia numa canção, tocada nas pontas dos dedos e deixo o pensamento tocar baixinho o ritmo de um adeus…
O olhar prende-se no horizonte onde o sol se põe e na areia quente de um verão que se acaba, recebo do mar calmo, a certeza de um novo amanhecer… e com ele, uma nova esperança e quem sabe… um novo sorriso!
Percorro os caminhos que minha alma traçou, procurando os sinais que me fizeram acreditar, que eram ladrilhados de sorrisos…
Sigo-os tentando perceber porque me parecem tão vazios, pois eram ladeados de sonhos e feitos de horizontes mágicos…
Lembro dos momentos em que as lágrimas foram chuva miudinha e os sorrisos raios de sol que me aqueceram…
Cada passo era dado com a certeza de não estar só, caminhando na direcção de um pôr-do-sol maravilhoso…
Mas hoje, vejo que os caminhos que a alma traçou foram sempre uma ilusão minha onde as palavras se perderam sem eco…
Foram caminhos de sonho que a realidade pintou de solidão…
E hoje, ao voltar ao seguir esses atalhos para meu coração, sei que na verdade, a alma continua intocada…
Apenas fui e sou…um ser alado, de uma história qualquer, que ficou preso em tuas mãos, na espera de um fim que não teve principio…
Nos campos vazios de minha alma triste e cansada, onde o Outono pintou sua melancolia e onde a primavera não ousa entrar, teus dedos fazem nascer papoilas, salpicando de cor, aqui e ali, os sonhos que invento…
Flores que amo e que em cada palavra solta ao vento, traz na sua beleza a magia de um momento contigo… magia de amar e de sentir. Flores que um dia, numa ilusão a dois, eu ousei pedir como carinho teu a cada dia…
Soltas no tempo, o aroma delicado das rosas que se mistura a maresia. E no azul de um horizonte que tento alcançar, elas ganham a forma de teu sorriso. E com elas semeias raios de sol nas nuvens que teimam chorar lágrimas de chuva…
Iluminas o sonho com o brilhar das estrelas com que enfeitas as noites serenas e fazes de cada amanhecer, uma aurora de esperança que por vezes morre na solidão do vazio em que me deixas, ou cresce na doçura de um beijo teu…
Pintas em cada dia, mesmo ausente, uma pagina do livro da vida, usando as cores de um arco-íris desenhado com os pincéis do coração que bata por ti e no cantinho de cada folha branca, guardo a Papoila que me deste…
Nascem diamantes salgados no fundo da alma, transformando a dor em rio selvagem…
Desaguam como tormenta no coração que se afoga num mar de desespero…
Ecoam na voz como lamentos sussurrados pelo vento do norte…
E finalmente, soltam-se lágrimas de cristais dos olhos que perderam a esperança…
imagem retirada da net
Olho o horizonte de meu mar, seguindo devagarinho a linha que o separa do céu… Quantas vezes lhe falei dos sentidos e das emoções que fizeram minha alma naufragar em suas águas, quantas vez deixei seu sal transformar minhas lágrimas em ondas de desespero…
O azul que a noite quer pintar de negro, recusa mais um pouco misturar-se as cores que o mar espelha. Mas chega a hora em que o sol veste o horizonte de cores quentes e o céu teimoso acende suas mil luzes. Anoitece na praia deserta e cai a escuridão em meu peito…
Fico parada diante daquela imensidão e em silêncio, mais uma vez, me despeço desse amor que um dia inventei. Tantas vezes o gritei a fúria das águas e outras tantas o embalei na areia quente da praia… tantas vezes sorri para lua, agradecendo mais uma noite de sonho e tantas vezes amaldiçoei o sol por me roubar desse sonho…
O mar parece entender a dor de mais uma despedida e faz com que chuva miudinha cai de meus olhos. O sonho é aquela linha, traçada com pincéis de realidade, que separa o céu do mar, tornando-a inatingível! E é lá, que deixo minha alma, presa num por do sol imaginado, que pintou na tela de uma vida, a história de um amor inacabado…
Flames of Sadness (imagem retirada da net)
Sou apenas alma…
Sonho sem sonho, vida sem vida…
Espírito livre que voa sem destino…
Imagem reflectida em cada lágrima caída, em cada lagoa de um olhar perdido. Imagem de quem não sou!
Sou apenas alma…
Corpo sem corpo, coração sem coração…
Pensamento que não pára…
Sensação de vazio que somente é o vazio. Vazio que o tempo não dá tempo para preencher o que sou!
Sou apenas alma…
Sou tristeza…
Madalena…passado quase dois anos…o mesmo texto e continuo igual…talvez com uma dor maior!!
Não sei porque continuo soltando a alma, salpicando com pedacinhos de coração as palavras que grito ao vento…
Não sei porque teimo em amar quem não me sabe amar…
Grito ao vento os sentidos despertos e pinto nas cores do meu sonho todas as emoções. Solto o pensamento nas tempestades que me assolam e deixo que as rajadas transportem para longe toda a mágoa deste amor que existe apenas em meu peito…
De meus lábios, nascem beijos que acabam por morrer na distancia que separa o sol da lua… De minha boca brotam os gestos que ficam por sentir na magia de um por do sol e que escrevo nas linhas que minha alma traça nas paginas brancas de uma vida sem ti…
Não sei porque choro, porque sorrio…porque sonho e desejo…não sei…
Mas vou continuar a soltar pedacinho de coração até que um dia…um dia…ele possa completar-se em alguém que me possa amar…
Quando teu olhar segue a linha do horizonte, perdido nos pensamentos, sentindo na pele o cheiro a maresia e no cabelo, a brisa marítima…
Quando as estrelas brilham num céu escuro de verão, fazendo companhia ao luar ou nas noites de Inverno em que as nuvens não as deixam aparecerem…
Amas-me?
Quando toca uma musica suave que embale a alma e que apetece um abraço terno ou quando ela é agitada e apetece dançar…
Quando ouves um poema de amor escrito com palavras de dor ou o discurso chato de um politico que nada diz…
Amas-me?
Quando o dia amanhece com lágrimas de chuva, trazendo tristeza ao teu olhar ou quando acorda com o sol brilhando…
Quando a noite cai e o sono demora em chegar ou quando um sonho te embala os sentidos…
Amas-me?
Quando as horas de tua vida são vazia, na solidão de um momento, ou quando elas são cheias de risos e sorrisos…
Quando teu coração bate descompassado ao ritmo de uma saudade ou quando apenas bate sereno, num instante de paz…
Amas-me?
Amas-me? Não sei… talvez, um dia, tu sejas capaz de me responder ou apenas eu encontre a resposta no teu silêncio!
Esta noite chego de mansinho, sem ruído, para não te acordar… Devagarinho, coloco uma pequena estrela em teu travesseiro e nela, meu coração. Por cima para que sua luz seja suave, um lenço… e nele, uma lágrima…
Esta noite venho deixar-te minhas asas… Atravessaram mil tempestades, bateram sem parar para me manter num céu que eu queria azul, mas hoje, estão cansadas e já não podem voar…
Esta noite deixo-te meu sonho… Nele, estarei sempre contigo. Basta fechares os olhos e deixar que eu te abrace. Não é um grande sonho mas é aquele em que podia sonhar-te…
Está noite, preciso descansar dos caminhos que magoam meus pés descalços, preciso parar e deixar o tempo correr. Assim, devagarinho e sem ruído para não te acordar, beijo-te meigamente e de novo perco-me na noite sem ti…
25/10/2005
Ao reler este meu texto publicado no blog “osmanos”, senti que as palavras, passado tanto tempo, continuam a ter o mesmo sentido…como pode o tempo passar e deixar na alma exactamente a mesma dor? Talvez um dia, numa nova aurora, eu encontre a resposta…
Foto by São(minha irmã) que fotagrafou meu mar e meu por do sol
Solto as lágrimas nesta dor que me deixa a deriva num mar fustigado por tempestades de sentidos. Solta meu pranto, minha tristeza para que um dia, essa dor seja apenas uma saudade… Na pena que me envolve a alma, procuro um sentido para poder continuar caminhando com o coração machucado…
Não vou secar as lágrimas de chuva que caiem de um olhar que se prendeu no horizonte na espera de um por de sol mágico. Vou deixa-las correr, silenciosamente, até que sejam apenas memórias esquecidas no sótão do pensamento…
São essas as gotas salgadas que fazem meu mar mais sereno, mais tranquilo… São nelas que se afogam as magoas, as penas e todas as dores que a alma sentem. E neste mar que se modifica conforme os sentidos, é que eu me deixo embalar pelas ondas do esquecimento…
Um dia, as lágrimas serão apenas chuva miudinha que um arco-íris irá pintar de mil cores… E no lugar da tristeza, apenas a saudade de um instante suspenso no infinito, fará o pensamento voltar no tempo. Então, a lágrima será sorriso por tudo aquilo que senti…
Imagem de Nanã Sousa Dias
Não sei de onde vem está tristeza que me prende a alma. Não sei explicar porque choram os olhos, as lágrimas que a chuva teimou em trazer. Porquê ficar presa em um sonho que se acaba mesmo antes de começar?
Quero naufragar no meu mar de sentidos, afogar as ilusões, desistir de navegar contra as marés que só me afastam para destinos inventados, longe de uma realidade que dói, que magoa, sempre que o pensamento voa…
Não quero mais lutar contra ventos contrários que gritam em meus ouvidos que nada tenho… desisto… Desisto das batalhas que o coração muitas vezes travou com a razão.
Desisto e sigo ao sabor da brisa, fingindo sorrisos, escondendo lágrimas nas águas de um oceano de sentidos…
Que se afogam os desejos, os sonhos e as vontades e que nesta dor que não pára, que renasce a única razão de eu aqui estar…quem de verdade sempre me amou!
Hoje, o mar é apenas o refúgio de uma dor. Já não há ondas que beijam a areia, nem gaivotas que cantam sonhos… Apenas sal de lágrimas caídas e ilusões perdidas…
Afinal sei de onde vem essa tristeza… vem de um amor que um dia inventei!
Navego sem destino, guiada por uma lua branca em noite escura. Seguindo caminhos desertos traçados pelas marés de uma ausência que traz saudade…
Levada pelas ondas tranquilas de um mar que se fez lago para me embalar, deixo-me envolver pelo silêncio em tua voz…
A escuridão envolve meu sonho e apenas a alma que se veste de dor, segue procurando a luz de um olhar que se faz mar, fixo no horizonte… Esperando calmamente pelo farol que trará de novo a claridade. Sigo suavemente pelos sentidos que um dia se fizeram ternura, nas águas salgadas de lágrimas caídas…
Esta noite, em que as estrelas se apagaram sinto-me de novo perdida. Já não há sonho, nem vontades, apenas um desalento…uma ilusão que se acaba…
Navego sozinha, sem amarras e sem porto de abrigo onde descansar…
Rumo ao infinito onde não existe mais nada, nem sorriso, nem dor…apenas vazio…
Alma, pequeno barco perdido na noite infinita, deixa cair tua ancora, e sossega teu coração no mar do esquecimento…
Mãos suaves na pele macia, que arrepiam cada centímetro, que clamam por prazeres desconhecidos...
Mãos cheias de segredos que murmuram no corpo que se entrega, todo o desejo de descoberta, toda a vontade de agarrar e todos os sentidos…
Mãos melodia que cantam as rimas das curvas, que seguem as linha de uma pauta feita de sensações, soltando versos nos gemidos que provocam…
Mãos de sentidos num abraço, no toque suave nos lábios, nos seios que clamam por mais…nos olhares que se trocam…
Mãos que são afago em cada poema escrito nas pontas dos dedos, momento infinito pintado com as cores da paixão…
Mãos que são magia na ternura de uma lágrima que cai, brisa suave dançando nos cabelos e rio que desaguam nas margens do corpo tirando a razão…
Mãos sentidos, mãos emoções…mãos prazeres…mãos de um sonho inacabado…
Mãos escritas com linhas de ilusão, desenhadas num sonho que se acaba para logo se transformar em saudade…
Mãos sentidas por mim imaginadas…
Dedos que traçam na pele, caminhos de desejo…
Corpo contorcido pelas chamas que incendeiam…
Sentidos despertos no gemido abafado por um beijo…
Na boca todo o sabor das línguas que anseiam…
Arrepios que se transformem em carícias…
Palavras ditas baixinho num gemido…
Toques suaves, sorrisos e malícias…
Coração que bate descompassado e perdido…
Olhares de paixão que se encontram…
Desejo de amar e doce loucura…
Cheiros e aromas que se misturam…
Abraço apertado de ternura…
O toque suave das mãos que exploram…
Caminhos traçados nas pontas dos dedos…
Línguas que se encontram…
Bocas que se manifestam sem medos…
Sexos ávidos que se procuram…
Na tortura, na dor e no prazer…
Se tocam e se desejam …
Se amam até o dia nascer…
Rasgo as asas que me prendem, e me fazem anjo menina… Liberto-me da prisão dos sentidos e solto as amarras nas palavras que te escrevo… Guio-te pelos trilhos da emoção e em cada gesto, te invento…
Deito fora o sonho que me envolve e grito ao silêncio que te tenho, aqui, em mim… Nas palavras, um gemido… no olhar uma suplica… na pele o desejo… estás em cada sentido… em cada carícia e em cada beijo.
Abandono a alma á ausência que se enche de tua presença e entrego o corpo a saudade de um momento suspenso no tempo… Caminhos de fogo, traçado ao som quente de teus lábios, rios que desaguaram num mar de paixão.
Solto o meu desejo, sigo minha vontade… Prendo-te em mim…Mostro-te quem sou…
Vem beber de minha sede, beijar os lábios que te beijam e amar quem por um momento, deixou de ser anjo menina para ser mulher…perfeita nesta imperfeição de amar!
Desculpa por cada segundo em que meu pensamento te inventa de novo
Desculpa por cada instante de minha vida em que lembro teu sorriso, que continua iluminando meu dia no rosto dos que passam por mim. Por sentir que estás perto de mim, neste ou naquele olhar que prende minha atenção…
Desculpa por ainda chamar por ti nas horas em que o coração chora, por te abraçar nos sonhos, por te ouvir nas melodias que ritmam minha vida. Por cada eco de silêncio, por cada ausência dorida…
Desculpa por tudo e por nada… Por aquilo que fui e por aquilo que não soube ser mas principalmente por aquilo que sou. Por ser apenas eu e não o que seria sendo eu contigo. Por sentir o que foi esquecido e lembrar o que foi sentido…
Desculpa por não mais te amar, amando-te ainda mais!!
Hoje escrevo para soltar as amarras que me prendem a ti.
Sempre fui um pequeno barco de papel que andou a deriva e se por momentos encontrei a paz no teu abraço, nesse porto seguro onde eu ancorei minha alma, hoje, levanto de novo a ancora e deixo-me arrastar pela maré para um novo horizonte… E volto a navegar sozinha, perdida…
O mar acolhe-me em suas ondas e envolve-me em suas águas onde busco a ausência dos sentidos, o vazio das emoções. Sigo a rota traçada por lágrimas caídas, que ajudaram a salgar o oceano de minha vida e é nesse caminho que espero um dia encontrar a paz de uma saudade… a tranquilidade de um amor que se perdeu…
Abro a alma, como velas estendidas no infinito de um céu escuro. Sinto o vento frio que sopra as lembranças de momentos e enche o pensamento de palavras soltas… Haveria tanto ainda para dizer…tanto para sentir…
Mas hoje, liberto-te deste sentimento que me fez desejar que o céu fosse azul… Mas ele só o é quando assim o quer e se por um instante soubeste ser pintor na tela que te ofereci, hoje tudo não passa de um quadro onde as cores vão desbotando com o tempo que marca o compasso de tua ausência…
Hoje escrevo para soltar as amarras que me prendem a ti.
Eu sei que não é fácil navegar contra a maré, nem contra aquilo que o coração sente. Sei que o pensamento vai e vem como as marés, trazendo a praia dos meus sentidos tudo aquilo que foste, és e serás para mim. Sei que cada onda virá morrer aos meus pés, trazendo um pouco de ti e aumentando a saudade que deixas… Sei…
Mas sei também que um dia, irás lembrar de um pequeno barco de papel que se prendeu em teu abraço e fez de tua alma seu porto de abrigo… Que um dia, com o olhar perdido no horizonte de um mar qualquer, irás sentir saudade de um sorriso… E sei, que por um instante que seja, irás sentir minha falta.
E quando sentires que se perdeu algo no tempo, então vais perceber que soltei as amarras que me prendiam a ti… e que o mar não é mais que o guardião das saudades que sente uma alma pequena que se encontrou para de novo se perder!
s Houve dias em minha vida, que foram dias de sorrisos e que por uma magia qualquer, se gravaram na alma, no pensamento e em cada sonho que me visita nas noites escuras…
Houve dias em minha vida, que foram gestos sentidos, não só no leve toque dos lábios que se beijam, das mãos que acarinham mas também na doçura de um olhar que se prendeu no infinito…
Houve dias…e houve vida!
Houve dias em minha vida, em que cada pensamento tinha um nome para chamar, um murmúrio de saudade, um eco que respondia ao apelo dos sentidos e uma ausência para gritar…
Houve dias em minha vida, em que cada lágrima tinha um sentido bonito, uma dor gostosa, uma lembrança de momentos e de instantes que ainda hoje permanecem no coração…
Houve dias…e houve vida!
Há dias em minha vida, em que cada olhar se perde no horizonte de um mar, numa espera infinita de algo que não volta, de um passado que se foi e que não se esquece, mas que se espera como futuro…
Há dias em minha vida, em que o sorriso não é mais que o esconderijo sentido, de uma lágrima que teima em cair no silêncio de uma saudade, que o mar dos sentidos teima em salgar …
Há dias… e não há vida!
Há dias em minha vida, em que o pensamento voa, pelos caminhos traçados nas rotas onde o coração se prendeu, e como uma gaivota cansada, se deixa afogar nas ondas das sensações perdidas….
Há dias em minha vida, em que a solidão não é mais que um coração que bate por algo que ficou preso no tempo e em que a alma chora tudo aquilo que foi, não foi e poderia ter sido…
Há dias… houve dias…não há vida…mas houve vida!!
Como uma doce brisa que sopra num dia de verão, acaricias minha alma nesta saudade infinita que sinto. Levas meu pensamento para momentos que não se esquecem, instantes que perduram no tempo e que se fizeram magia…
Como as folhas caídas deste meu Outono, que giram ao sabor do vento, pintando a
vida de cores quentes, cada lembrança tua, baila ao ritmo do coração que ainda bate por ti, rodopiando, numa valsa sem fim, as imagens e os sons do carinho partilhado… enchendo de cor esta minha solidão…
Como um raio de sol que nasce pela manhã para alegrar o dia que se anuncia cinzento, tuas palavras ecoam em meus ouvidos e aquecem a dor que me deixaste. Cada sentido que despertou, ao som dos poemas tocados nas palavras ditas muitas vezes em silêncio, acorda de novo na falta que me fazes…
Cada sorriso contem um pouco do teu e cada lágrima guarda o sabor de teu beijo. Estás aqui, no pensamento que te traz até mim, no coração que bate descompassado, nos sentidos que te inventam em mim e na alma que se entregou e se perdeu para se reencontrar em ti…
Cada segundo, não é mais que um segundo sem ti… E como me fazes falta!!!
Dá-me tua mão… Vem comigo, deixa-te levar para meu sonho.
Vem devagarinho, sem pressa… descobre nas pontas de teus dedos os segredos que guarda minha alma. Deixa que as palavras sejam ditas no sopro de tua respiração, no aroma de tua pele… Fala nos teus gestos, aquilo que sentes, aquilo que queres e desejas. Desvende meus segredos, vela minhas noites e guia-me nos caminhos da entrega…
Dá-me tua mão… Deixa-te prender no abraço de meu corpo. Nos braços que te envolvem no carrinho de um sentimento tão bonito. Sente nos lábios o sabor de um beijo doce… a carícia suave da língua que te fala em silêncio do desejo. Nas bocas que se unem, nos sabores que se misturem… Beija… Beija mais uma e outra vez… e outra vez … infinitamente!
Dá-me tua mão…Procura nas curvas que segues com as mãos, os prazeres que provocas, as sensações que despertam…Prende teu olhar no gemido que se faz sentir no olhar. Escuta o silencio que os sentidos gritam… as palavras que ecoam nas batidas ritmadas do coração. Prova o sabor da pele que se arrepia, da boca que beija, do corpo que se faz teu...
Dá-me tua mão… Soltas as amarras da realidade, entra no sonho onde te invento a cada sorriso, em cada sentido… em todas as sensações que provocas. Vem comigo para este mundo que não é mais que o meu sentir…
Dá-me tua mão… e vem… vem simplesmente amar!
Mais um ano que se acaba e mais uma vez encerro um livro feito de 365 folhas de uma vida…minha vida!!
Do ano que termina, guarda no coração todos aqueles que um dia fizeram parte de minha vida e que de alguma maneira a preencheram, deixando gravado em minha alma seus nomes, carinho e amizade…
No pensamento levo cada momento bonito, cada sorriso e também algumas lágrimas… pois uma vida só é completa quando existe alegria e dor, ou não saberíamos dar valor ao tempo que passa…
Sei que 2007 traz no compasso de seu tempo, muitas mudanças… muitos dias de Outono e outros tantos de Verão. Sei que haverá o renascer com a Primavera e de novo a despedida com a chegada de mais um Inverno. Sei que cada amanhecer terá uma nova esperança e cada noite terá seus sonhos… por concretizar!!
Este novo ano será com certeza, mais um livro em que cada dia terá sua historia… algumas bonitas, outras nem tanto. Historias que farão de mim aquilo que sempre fui… simplesmente Madalena!!
A todos, desejo que o ano de 2007 seja feito de muitas horas de alegria, de sonhos em cada minuto e de magia nos seus segundos… Que seja repleto de dias de saúde, carinho, amizade e muitooooo amor… Que suas noites tenham a magia de fazer sonhar…
Bom ano para todos…
Beijo terno
Que este Natal traga em sua eterna magia, a realização de todos os desejos e deposite em cada sapatinho, saúde, felicidade e muito amor!
Que se iluminem os rostos das crianças diante do brinquedo mais apetecido, que nascem sorrisos nos lábios de quem amamos e que cada lagrima caída, seja de alegria...
Que as palavras sejam ditas suavemente no calor de um abraço ou na doçura de um beijo e que cada gesto seja uma caricia na alma...
Para todos aqueles que passam aqui e que de alguma maneira completam minha alma, todos aqueles que apesar de eu não conhecer, deixam uma palavra amiga e para aqueles que passam em silencio...
Para quem amo, para quem me ama e também para quem não sente nada...
Para os conhecidos e desconhecidos...para o mundo inteiro...
Desejo do fundo do coração que este natal seja cheio de paz, alegria e amor...muito amor!!
Um santo e feliz Natal...
Beijo terno para todos vós!
Os dedos passeiam, devagar, pelas linhas imaginárias que teimas em descobrir. Provocas um arrepio que faz o corpo sobressaltar, provocando uma pequena dor que se transforma em desejo. Sinto os caminhos que segues, escrevendo na ponta dos dedos as cor e a textura de minha pele…
Os lábios tocam-se suavemente, lembrando o toque perfeito da asa de uma borboleta que levanta voo num raio de sol. Bocas que se completam, se reconhecem e se desejam… Línguas que se encontram e se descobrem… A vida ganha o sabor das bocas unidas no silêncio de um beijo.
Os corpos unidos nos sentidos que se despertam envolvem-se numa dança sensual, ritmada pelas batidas descompassadas do coração, pela respiração que se faz ofegante e pelos murmúrios que ecoam no vazio. Movimentos ondulantes que se ajustam e se completam, formando um único ser…
Sensações que acordas nos gestos sonhados, cheiros que os sentidos descobrem no instante em que te inventa, sabores que te trazem na memoria que te recorda a cada momento… Sentidos de um amor que nascem e morrem a cada segundo de minha vida, para me lembrarem…
…como é bom amar!!
Descobri-te num dia em que deveria ser igual a tantos outros. Estavas ali, mergulhada em números que por alguma razão, saíram dos limites. Uma sentença que foi declarada e tornou mais cinzentos meus dias.
Não sei há quanto tempo já fazias parte de mim, mas nesse dia, há mais ou menos 12 anos, comecei esta luta que continuo, sem saber quem será o vencedor e o vencido.
Tua companhia obrigou-me a ceder e a abdicar de muitas coisa que gostava…principalmente daquelas que tornam a vida mais doce, mais suave!
Habituei-me a tua presença constante e aos teus caprichos. Sempre foste difícil de controlar e manter-te quieta é algo que muitas vezes me deixa desesperada.
Sempre que o permito (sim, porque só eu sou a culpada por o permitir…), que saias dos teus parâmetros, provocas em mim mais uma dor… Uma dor lenta e silenciosa que cresce sem se mostrar mas que passado algum tempo começa a revelar-se, trazendo tua assinatura. Apoderas-te do meu corpo tentando minar-me a alma… Porquê?
Eu sei as respostas, que são muitas, porque a ti, conheço-te de cor… Aprendi tudo o que havia para aprender e sigo cada passo teu…
Todos os dias, sinto-te nas pontas dos meus dedos, calada, persistente…rindo dos meus esforços por te manter quieta. Mas a cada gota de sangue que te dou, também ganho mais uma certeza: não vou desistir!! Não te vou deixar ganhar nem dar-te o direito de condicionares minha vida.
Hoje escrevo para ti, porque há alguns dias, descobri que me queres tirar a luz, as cores…que queres meu olhar…
Não nego que estou com medo… Sentimento novo que tu despertas pela primeira vez mas, isso dá-me mais força para continuar esta luta infinita de te manter presa nos limites de onde nunca deverias ter saído.
Conheço-te bem sim e talvez tu me conheças ainda melhore por isso te aproveitas de minhas fraquezas. Mas, acredita, que não te vou deixar pintar meu mundo de escuridão…
Escrevo-te porque as palavras são meu mundo e nelas quero-te prender… São nestas palavras que te digo, inimiga de uma vida, que apesar de teres vencido muitas batalhas, ainda não ganhastes a guerra. Porque enquanto eu viver, cada sopro será para te vencer…
Escrevo-te porque sou diabética e cada dia é um dia de luta contra ti!
Uma lágrima cai silenciosa, arrastando com ela uma dor que ficou presa em minha alma. Corre devagarinho pelo rosto, tocando de leve meus lábios, num beijo que guarda o gosto a sal. Desagua serena num pranto calado que eu escondo por detrás de um sorriso…
Uma lágrima que se faz emoção nos sentidos que foram de alguém e se fizeram meus. Nasce de um desejo acordado pelo toque suave de uma carícia escrita com as pontas dos dedos, de um beijo sentido nas palavras ditas em silencio…
Uma lágrima que é simplesmente mulher. Real ou sonhada, já não sei… Ela é palavra ao vento e alma de Outono, sorri nas lágrimas e chora os sorrisos…Mas é uma só, simples, feita de sentidos e emoções, de sonhos e de realidades, de passado e presente…
Um ser perdido no vazio em se deixou prender e que naufragou nas sensações gravadas no corpo, no coração…na alma!
Uma lágrima que alguém guardou em sua mão, aprisionando seu amor que em silencio se faz poema nas palavras escritas… Lágrima que se faz mar de saudade e que beija ternamente os lábios de quem a faz nascer…
Lágrima sentida que não é mais do que eu…
A manhã chegou devagarinho, lembrando que mais uma semana começa e que está na hora de levantar para mais um dia. Como todos os dias, espero sentada na beira da cama, que os sonhos desaguam num mar de esquecimento e que a realidade que é feita apenas de rotina, tome seu lugar em meu pensamento...
Olho o dia pela janela que pouco a pouco se revela e sinto frio. Como pode a luz que ilumina meu mundo ser tão gelada? Já senti seu calor em cada raio de sol e até a magia num raio de luar. Mas e agora? De onde vem esta sensação de perda que faz minha alma naufragar num mar de emoções perdidas?
Enquanto a agua quente do chuveiro me aquece a pele, as lagrimas caiem silenciosas, misturando as gotas que correm em direcção ao infinito. O coração sente aquilo que o pensamento tenta afastar e perde o compasso nessa luta sem vencedores que é deixar de sentir.
Saio para a rua e os sorrisos abrem-se num bom dia cordial, cheio de simpatia. O mundo continua igual, como seus segundos que se transformam em horas... nos seus instantes que se fazem eternidade, na dor que fica, na esperança que morre... nas forças que acabam e nos deixam caídos por terra.
Sigo caminho ocultando a alma que se desfez em mil pedaços, tentando que o sorriso que nasce seja pelo menos bonito para quem o recebe, mesmo que seja feito de um vazio que nada pode preencher. Passo a passo, olhar distante, preso num horizonte que se desfez na magia que se perdeu...
As horas passam e dou-me conta que nem sequer as contei. O tempo é agora apenas aquilo que sempre foi...tempo de nada, de ninguém...tempo de vida sem vida!
Pergunto-me se não será melhor assim. Acordar para um dia que depressa acaba e de novo deitar-me nos sonhos que embalem a alma nas saudades que quero apagar...
Sim... Talvez o dia seja afinal, apenas isso, mais um dia... sem sentido talvez, mas também sem magoa, sem lagrima, sem dor... Apenas mais um dia!!
Silencio que tocas baixinho a melodia de uma saudade, embala meu coração nas batidas ritmadas dos sorrisos que se perderam … Canta no vazio de que és feito e traz de volta o eco das palavras de uma canção… Faz meu coração bailar ao som das rimas que o tempo tocou em seus minutos e que o vento murmurou baixinho…
Silencio que vestes a alma de solidão sentida, grita nos raios de sol, as palavras que me aqueceram e que se fizeram quadras de um poema… Palavras que se mostraram nos gestos prometidos e pintaram cada bocadinho de pele com o sonho de uma carícia terna, suave…
Grita Silencio para que eu possa de novo chorar a ausência em cada lágrima que provocas… Grita bem alto e tinge de verde esperança este meu coração que bate com a força de um sentimento que ficou suspenso no tempo…esperando por algo que ainda não sei o que é, mas que sinto a cada compasso…
Anda silencio, companhia constante de meu viver… Vem comigo e ouve com atenção aquilo que te diz o coração. Escuta na minha voz as palavras que a alma desenha nas folhas brancas e leve-as contigo…
Vai… Deixa-me… Liberta-me deste vazio onde me prendes e trás na volta, a certeza de um amanhecer cheio de melodias e de sorrisos… Procura em outras almas, o mesmo sentido que tu me dedicas e enche-as com o som de minha voz…
Talvez assim, amigo Silencio, meu coração encontre o sorriso que o vai fazer bater o compasso certo de uma melodia de amor… e nesse ritmo tanto desejado, tu sejas apenas o título de meu poema… Silencio!
O sol amanheceu e inundou meu quarto de luz. Seus raios fizeram as sombras da noite ganhar cores, transformando tudo o que me rodeia, trazendo de novo a realidade de mais um dia.
Continuo quieta, olhando a luz crescer cada vez mais, iluminando os recantos onde a noite se encolhe… Não quero acordar e peço a escuridão para afastar a luz. Minha alma continua presa no sonho que a embalou…
Esquecida numa magia que um dia nasceu num coração que batia ao compasso de um desejo mas que hoje se perdeu no silêncio ritmado de uma ausência.
Fecho os olhos, não quero ver o dia nascer, nem sentir a realidade que se aproxima vazia de sentidos. Quero prolongar a noite. Voltar para o abraço terno das estrelas, sentir o aroma da maresia que o mar exala enquanto canta uma melodia de saudade. Quero voltar para o aconchego de um raio de luar que sempre se prendeu no brilho de um olhar distante…
Mas o dia nasce e teimoso afasta as estrelas que guardam minha alma. Sinto-me vazia sob este sol que não me aquece o coração…Sol que um dia foi sorriso e que hoje se perdeu no tempo… Mas ele amanhece cheio de vida e de brilho e obriga-me a despertar.
Desisto da noite e do sonho que me embalou e devagarinho acordo para mais um dia. Deixo o sol beijar-me suavemente o rosto e sorrio… Afinal, o dia tem em suas horas, imensos sorrisos escondidos… Só preciso deixar que a alma senti-los…
Uma lágrima desliza pelo rosto e morre nos lábios deixando o sabor de um beijo que ficou preso no tempo. Nos lábios onde se deita, salgada e húmida , inventa as palavras que ficaram por dizer... palavras que nascem num murmúrio e que a brisa de Outono leva junto com as folhas caídas de uma vida. Vida que hoje se faz mais triste...
Uma lágrima cai silenciosa, trazendo a memoria, saudades de momentos partilhados, de instantes que não voltam mais. Lugares de magia que o pensamento teimou em me levar tantas vezes. Caminhos que se fizeram sonhos nas noites sem dormir e nova esperança nos dias que amanheceram, com a certeza de um sorriso...
Uma lágrima nasce na alma e se faz lago em meus olhos. Nasce num turbilhão de emoções que se vão atropelando no coração. Mistura-se no sangue que me dá vida e torna assim um pouco mais vazia, um pouco mais só a alma que sonhou...
Chora alma minha e deixa que as gotas de chuva que caiem de teus olhos, sejam apenas despedidas de penas e magoas que o Outono cismou em fazer voar ao vento...
Chora alma pequena para que amanhã possa nascer de novo um sonho...
Uma lágrima desliza silenciosa e morre em meus lábios num até já infinito...
Procuro…
Nos dias que passam, os dias em que o tempo se fez tempo de sorrir.
Dias pintados na cor suave de um raio de sol, iluminado pelo brilho de um terno olhar…
Nas noites frias que se fazem sentir, os sentidos de outras noites, serenas e magicas.
Noites, onde o sonho se fez quadro colorido na tela branca de minhas paredes…
Procuro…
Nas palavras que nascem do silêncio, a voz que se fez murmúrio no vento.
Voz que foi melodia ritmada no compasso do meu coração…
Nos gestos ausentes aqueles que tocaram de leve minha alma.
Gestos que foram abraços de ternura e aconchego…
Procuro…
Nos sentidos que ficaram e na saudade que se fez presente, nas emoções que despertaram e nos desejos que não se acabaram…
Na chuva miudinha que brota dos olhos e na esperança vã, na alma que chora e no coração que silencia a dor…
Procuro…
Por ti que sabes usar as cores do arco-íris para pintar os dias de um céu azul e de um mar tranquilo e sereno.
Por ti que iluminas as noites com luares de magia e embales os sonhos nas mil estrelas que teimo em querer alcançar…
Procuro…por ti…que és sorriso, toque suave na alma e sentido no coração!
«LEVA-ME CONTIGO...
Leva-me contigo vida. Vamos fugir deste mapa cinzento e só regressar quando as cores da nossa vida se tocarem numa trincha larga e infinita que nos ligue eternamente.
Quero-me apaixonar por ti e que vivas em mim. Quero ser a infinidade contigo e caminhar com a simplicidade de uma mão dada, no caminho que ambos pintarmos.
Seremos artistas das quatro estações, nos quatro cantos redondos do mundo.
Leva-me contigo para um lugar qualquer, longe ou perto, onde existe um espelho mágico tão grande, que não tenha outra alternativa se não olhar-me nele, autodescobrir-me para além daquilo que os olhos se apercebem e, finalmente, encontrar-me comigo e com o amor. Pode ser aqui, ali ou acolá. Para norte, sul, este ou oeste. Para o calor de um deserto ou para o gelo do Árctico, para uma praia encantada de água azul cristalina ou para o interior de um castelo no cimo de uma montanha. Leva-me para esse sítio encantado, onde me possa libertar dos condicionamentos do tempo e das suas ilusões e aprenda a desligar a mente e a viver no único momento que é real, o presente. (…)
Acredito em ti como nunca acreditei e reconheço em mim uma máscara enferrujada, que preciso deitar fora, e um muro intransponível que preciso derrubar.
Ainda não sei o que é essa liberdade, mas conto contigo para me levares lá. Não me digas que não podemos ir e emite-me esse bilhete... peço-te. Sei que esperastes por mim todos estes anos, mas só agora estou pronto para derrotar os meus medos e entregar-me a ti.
Quero despojar-me do meu passado e renascer.
Leva-me vida e eu levo comigo apenas o necessário para os primeiros passos, pois sei que me providenciarás tudo o que necessito.
Ouvirei o rufar triunfante da minha respiração e o palpitar do meu instinto. Verei a sedução condutora da Natureza e, através dela do seu manto de luz, guiar-me-ei pelas estrelas, ventos e marés, até dar de caras comigo num lugar qualquer, onde o tempo não existe e as pessoas possam sorrir, simplesmente, por saberem que possuem o bem mais valioso de todos... TU.
Não sei se este lugar existe ou se o espelho mágico não passa de uma criação espontânea da minha cabeça, como sendo a única saída para enfrentar medos que tenho receio de perceber. Mas sei que só escrevendo esta carta é que posso ter hipótese de lá chegar e me encontrar, pois as palavras apontam para além daquilo que elas são, abrindo caminhos que só poderão ser percorridos, mais tarde, pela provação. E eu quero sentir esse sabor...
Leva-me contigo, só assim poderei renascer dentro do meu próprio coração e ter alma de pássaro. Só assim poderei sentir a sintonia e a unidade com alguém que possua uma alma esvoaçante do tamanho da minha e me ame da essência, nesta viagem tão misteriosa que é a autodescoberta.
Leva-me contigo da escuridão labiríntica à claridade, do medo ao amor, do constrangimento do tempo ao vazio da paz interior.
Leva-me contigo até às portas da felicidade.»
Gustavo Santos in Carta branca
Tudo está dito nesta carta onde as palavras se fizeram sentidas...
A ti, que a noite traz até mim num sonho doce que invade os sentidos... Que as estrelas procuram iluminar nas estradas por onde os pensamentos se perdem, caminhos de desejos acordados pelas emoções que provocas e que cada luar testemunha...
A ti, que devagarinho encheste minha alma de sons suaves, feitos de ecos distantes que tua voz cantou... Melodias de palavras ditas num silêncio que pintaram cada momento contigo, nas cores mais bonitas do arco-íris...
A ti, que fazes parte de minha vida mesmo na distancia que apenas o pensamento pode ultrapassar... Parte da alma pequena da qual eu sou feita, mas que por ti se faz infinita, no seu desejo de te abraçar, aconchegar e guardar...
A ti, meu poeta que fazes rimas nas pontas dos dedos, quando te invento na solidão de meu mundo, que fazes versos de ternura nos gestos e quadras de paixão num beijo doce... e tão desejado...
A ti anjo, que chamo num grito preso na garganta, que vives nas batidas descompassadas de meu coração, que mudas meu mundo em cada segundo, que faz de cada pensamento uma pequena historia de amor...
A ti... sim a ti... eu quero dizer... apenas, que sinto tua falta !
O tempo pára no momento exacto em que o coração perde o ritmo. Momento em que uma voz ecoa no silêncio que pinta minha alma. No som que enche, com magia, cada recanto de meu ser, encontro a doce melodia daquilo que sempre procurei… o sentido da vida!
Sorrio para o silêncio que se transforma em canção… E canto…canto baixinho as quadras que inventei, as rimas que nasceram do sonho que eu julgava perdido. Volto a sonhar…
Minha voz perde-se no tempo, que por um instante apenas, se deixou prender e ficou suspenso no desejo… na vontade de tornar real as telas que sempre pintei em minhas paredes brancas…
A melodia que meu coração toca baixinho, enfeita de sons suaves as cores que se fizeram lágrimas e delas brotam gotas de luz que marcam a esperança de um novo sentido…
O tempo pára no momento em que o coração perde o ritmo… para tocar, no silêncio da alma, a doce melodia do amor.
O dia amanheceu cinzento, trazendo a chuva que lava a natureza do pó que se acumulou com os dias de sol, como lágrimas que limpam a alma de tristezas que o tempo fez crescer…
O dia amanheceu triste mas traz com ele uma nova esperança, uma nova magia. Uma alvorada de sentidos que despertam…uma aurora de emoções que faz o mundo girar no sentido certo, sem pressa, sem dor…apenas com um sorriso!
A alma que se vestiu de Outono, enfeita-se de suas cores quentes e alimenta-se dos raios de sol que surgem por entre as nuvens. Deixa as tristezas voarem para longe, como folhas a bailar ao vento… O Outono que se aproxima, traz o feitiço do sonho!
Olho pela janela e nas gotas que correm lentamente pelo vidro, misturam-se aquelas que me caiem dos olhos… Em cada uma delas, apagam-se as noites frias de ausência e os dias de silêncio… Um adeus segredado ao vento…Uma despedida feita ao vento que sopra…
Solto de novo a alma no tempo que corre e no rodopio das horas que passam, escrevo as palavras que o coração bate levemente… Solto a alma para que possa encontrar quem o dia a ira aprisionar.
O dia vai de novo se deitar no horizonte de meu mar e na noite que se vai aproximando, há um sonho onde está a doce melodia de meu amor…
Volto a sorrir…
Vagueio nas horas triste, que um relógio teimoso cisma em contar, perdida no tempo ausente de um sorriso…
Sigo por caminhos de raios de sol, verão que aos pouco se despede para dar lugar a minha melancolia, procurando nos dias passados, a força para seguir num presente esquecido… Caminhos de sonhos perdidos que tragam na saudade e com os quais pinto a nova tela de minha vida!
Ando sozinha por entre estrelas que me guiam pela noite, sem destino, sem rumo, mas com a certeza de chegar ao raiar do dia, com a sensação de ter sonhado, de ter vivido…com a ilusão de ter sido!!
Procuro-me no silêncio e no vazio que a alma me mostrou… perdi-me em algum lugar, numa ilusão qualquer… Já não sei quem sou, mas sei que de novo vou me encontrar!
Abro as portas do coração e espero que a noite se faça dia… Encho a alma de cores para pintar minha tela. Traço as linhas dos sonhos que se apagaram e invento na ausência que os minutos cantam no velho relógio, os tons claros da esperança… O sol traz com ele o calor de um beijo, a magia de um sorriso.
E quando o sol tocar na linha do horizonte o meu mar, talvez consiga sentir nas ondas do meu ser, o barco dos desejos, navegando nas marés dos meus sentidos. Abro o cais de minha alma para que possa ser acariciada pela brisa suave e quem sabe, embalada por uma melodia doce, tocada ao vento nas cordas de um coração que se quer apaixonar…
Dia 8 de Agosto…mais um ano se completou, 40 no total, e todas as mensagens, e-mail, e telefonemas diziam a mesma coisa… estou “kota” mas na idade mais bonita, a idade da ternura, a idade para ser aquilo que eu quiser. Nas brincadeiras que me fizeram sorrir, encontrei sempre a maior das verdades, entrei numa nova etapa de minha vida.
Andei a vasculhar as gavetas do pensamento e pouco encontrei além de cadernos amarelados pelo tempo, cheios de palavras, de sentidos, de pensamentos…muita dor, poucos sorrisos. Encontrei uma vida feita de Outono e de Invernos escuros e frios… Mas também descobri entre linhas que bordavam o coração, alguns sorrisos, alguns beijos ternos…um amor… uma saudade enorme!
Na confusão de estações que alimentavam minha alma, perdi-me muitas vezes e muitas vezes deixei que minha vida fosse apenas aquilo que queriam que fosse… Há muito que tinha perdido os sonhos e quando eles, por alguma razão, voltavam a preencher meu sono, só os deixava embalar a noite, inventando nela as estrelas mais brilhantes, o luar mais belo…
O dia amanheceu bonito, quente e cheio de promessas…mas acabou como sempre… de coração vazio… Dia 8 de Agosto…meu dia…o primeiro de uma nova vida!!
Hoje, as estações que se misturam na alma são apenas aquelas que quero sentir… Se chegar o Outono, farei dele a primavera e se o Inverno teimar em ser frio, inventarei o sol quente do verão… Se a primavera for colorida demais para meu olhos, então será pintada com as cores quentes dos meses que se despedem do calor e se o sol queimar minha saudade, será na neve e na chuva miudinha que a irei chorar!!
Não sei se vou ter força ou se serei capaz de mudar assim…mas prometi a mim mesma tentar, e é o que estou a fazer!
Deixo para trás a dor…enfeito-me de sorrisos…
Assim nasce uma nova Madalena…e quem não gostar, que se mantenha ao largo, porque no meu mar, agora, só navega quem eu deixar!!
Escrevi durante horas...
Espalhei pela folha branca de minha vida, mil palavras tingidas de preto, palavras que o arco-íris se recusou a pintar de luz. Palavras sem sentido, feitas de gritos que ninguém ouve...
Palavras como a emoção que são cantadas em todas as canções, melodias de desejos, de sonhos...Palavras de esperança sem esperança... Palavras de carinho, cheias de ternura e sorrisos, escritas para beijar quem as lê, nem que por um breve momento.
Nada estava bem. Apaguei tudo e de novo escrevi.
O branco de novo aparecia salpicado de uma só cor, triste, sem graça. Então fui desistindo, uma por uma, das palavras mais bonitas. Estavam no sítio errado. Não eram minhas!
Apaguei cada sentimento e deixei apenas as palavras vazias, cor de minha alma. Mas mesmo assim ainda não me sentia bem. Olhava para elas e sentia bem no fundo do coração a dor de as sentir... Não as quero mais!
Quando olhei de novo, a folha branca continuava branca, cheia de um vazio enorme... Apenas um pontinho lá estava esquecido... mas era apenas uma pequena lágrima...
Madalena
17/08/2005
Andei no passado... É estranho ler o que um dia fez sentido, ler palavras ditadas pela alma! E mais estranho é de novo sentir a mesma emoção... As folhas continuam brancas... salpicadas, aqui e ali, de uma lagrima!
Com a chegada do verão, a visita de amigos e familiares que nos chegam de outros horizontes, faz com que a mente confunde as palavras... mistura varias línguas e traga de novo o sotaque que tento esconder há alguns anos.
As palavras nascem confusas, em frases que começam em português e acabam em francês metendo pelo meio o inglês... Uma salada internacional!!
O pensamento sempre aconteceu na língua que foi a primeira a ser ensinada. Nunca deixei de pensar as palavras em francês apesar de elas nascer nas pontas dos dedos em português sem sequer procurar uma tradução. Mas com a chegada dos emigrantes isso torna-se difícil!
Tu me manques et je pense a toi à chaque instant… Sim… Sinto tua falta e penso em ti a cada instante...
Fico perdida na busca das palavras que teimam em misturarem-se e naquelas que por momentos desaparecem do meu vocabulário... Algumas que sempre usei, de repente parecem-me sem sentido, erradas... Outras voltam como se nunca tivessem sido caladas!
Mas todas elas, e seja qual for a língua em que são ditas, nascem na alma e nos sentidos... Crescem nos gestos e demoram-se no olhar perdido no horizonte... Todas elas são inventadas para falar de tua saudade... e para te dizer:
Je t´aime... amo-te !!
O tempo está parado, suspenso no alto das arvoras que ladeiam o rio, preso nos ramos dos Pinheiros que parecem entender meu silêncio. Não se ouve nada além da água do rio, límpida e gelada, que murmura a melodia de sempre... canta minha saudade ao ritmo de uma lagrima que teima em cair!
A aldeia parece deserta... O sol abrasador reflecte-se no espelho de água e toca minha pele, queimando na lembrança de uma caricia suave. O olhar perdido no horizonte dos montes que cercam a pequena aldeia, deixo o pensamento voar, de asas abertas ao encontro de um sorriso.
Olho em volta, a tenho a sensação de estar presa numa aguarela que alguém pintou num momento de pura magia. As varias tonalidades de verde contrastam com as casas de pedra e com os espigueiros de madeira... algumas casinhas pintadas de branco dão cor as encostas do monte. Lá no alto, a igreja... Um quadro que sempre me envolveu na sua beleza, no seu silêncio e nos seus aromas... meu quadro perfeito!
Entro na água e fecho os olhos... a alma arrepia-se na sensação doce de ser tocada. O rio tomou a forma de teu abraço, o silencio fala-me de tua saudade e os cheiros ganham o arome de teu perfume. Deixo de estar só na tela onde te invento junto a mim.
Ao longe, alguém toca uma melodia nas notas soltas de um acordeon... A aldeia enche-se de som. O sol vai se deitando devagar e está na hora de partir, rumo á outra vida, á outros sentidos... mas sei que sempre que voltar, na beira deste rio, ao aconchego desta aldeia que me adoptou e que amo, de novo irei estar contigo...
Porque estás e estarás sempre na magia que eu inventar para te ter perto de mim!
Hoje o mar não vai embalar meu sonho trazendo a praia dos meus sentidos o teu beijo. Hoje, ele não vai estar calmo, fazendo as ondas bailar ao luar como golfinhos prateados a luz das estrelas. Não vou sentir o cheiro a maresia que desperta as emoções...
Hoje o mar não vai falar-me de ti, não vai trazer no grito das gaivotas o som de tua voz. Não vai ficar gravada em suas areias meus passos que sempre seguiram o caminho de teu abraço...Hoje, o mar não é meu amigo...
Hoje o tempo vai parar num tempo que quero esquecer. Tempo que se fez tempo fora de horas e que eu não quero seguir! Basta as corridas loucas contra os ponteiros que nunca tiveram pena de quem sofre...
Hoje sigo quieta, deixando o tempo passar por mim...esperando de novo a hora em que ele se fará de novo meu tempo! E aí, sem pressa e sem atropelos, seguirei o tempo que será tempo de sorrir...
Hoje... hoje meu mundo deixou de girar por um instante. Ficou suspenso na respiração ofegante de um barco que naufraga nesse mar que não és tu. Barco de papel de que é feita minha alma...mar salgado das lagrimas que teimam em cair...
Hoje...não quero o hoje...que venha o amanhã!!
Queria escrever... escrever algo só para ti! Escrever palavras de ternura, de magia.... Queria dizer-te com elas o que sinto. Explicar os sentimentos, colocando em cada silaba os meus sentidos...
Peguei numa folha e pedi ao coração para escrever seu ritmo e fazer das palavras uma melodia que pudesse embalar teu coração. Esperei... Cada palavra que nascia imensa no peito, ficava pequenina, perdida no deserto de uma pagina em branco... Não sabia como dizer as palavras que vinham da alma...
Pintei a folha de azul...cor de céu onde as nuvens se fazem algodão sempre que te invento junto a mim. Coloquei no meio uma pequena lagrima que depressa se transformou em mar calmo... Num cantinho, desenhei um sorriso perfeito e ele logo se fez sol!
Olhei para a folha, e pareceu-me perfeita... até notar que havia na praia dos sentidos a tua ausência e a falta de ti.... O mar que senti calmo, tinha tempestades de emoções e o sol queimava de saudades...
Queria escrever... escrever algo só para ti. Não fui capaz.... porque não se escreve o amor que se sente, a doçura de um beijo, a dor de uma saudade...
No silêncio que se faz voz em minha alma, ouço o batido de um coração que clama por um gesto de carinho... por um sorriso. Nesse silêncio que canta baixinho a ilusão de uma melodia de amor, meus sentidos bailam na busca de emoções... na procura sem fim das sensações que as palavras descrevem e fazem sentir!
Na solidão que se faz corpo e me abraça, sigo os passos de uma dança onde as sensações tocam a pele como raios de luz. Gesto suave feito de caricias em pontas de dedos que são raios de luar... beijos de estrelas que prometem o céu como limite!
A alma rodopia de sentido em sentido na busca infinita de um compasso terno. Nos passos de ausência em que me fazes girar, os pensamentos valsam ao ritmo quente de uma lembrança que o tempo inventou.
Na melodia que a noite toca baixinho, perco-me e reencontro-me... Porque na noite que canta minha saudade, nasce o fado de te amar!
Tinha um sonho, um sonho de menina que estava esquecido no passado. Nele havia magia, carinho e muitos sorrisos... Existia uma bruxa má mas nada podia contra a força do amor e por isso, estava presa num castelo perdido no fim do tempo!!
Tinha um sonho, um sonho de menina que voltou e se fez sonho de mulher. Um sonho lindo que iluminou as noites escuras e aqueceu o frio da solidão...um sonho que já nada tinha de menina e no qual a bruxa má era apenas a vida. Vida que não se faz sonho!!
Tinha um sonho, um sonho de mulher que queria amar e ser amada. Um sonho construído no brilho do teu olhar, no sorriso em teus lábios... em cada gesto de ternura em cada palavras meigas. Um sonho lindo de sonhar!!
Tinha um sonho, um sonho que enterrei na areia de uma praia, como um tesouro. Mas com medo de o perder, fiz um mapa e pintei-o em tua alma. Só tu poderás de novo fazer-me sonhar...
Tinha um sonho, um sonho lindo... Não o deixas perder para sempre... encontra-o e sonha comigo!!
Está calor...
Aproveito um minuto de paz ...
Descalço-me... Gosto de andar descalça. Sinto uma certa liberdade que por momentos me faz esquecer de onde estou. Não é o soalho de madeira mas sim a areia de nossa praia que sinto sob os pés...
Vou até a janela. O mundo parece parado nesta tarde quente. A rua transforma-se em água clara, batida por pequenas ondas... O mar toma conta das lojas e tudo fica sereno. Sopra uma leve brisa que me traz o cheiro a maresia...
Ligo a radio numa emissora qualquer e logo uma canção enche a sala de ritmo, mas nem sequer presto atenção... ouço a melodia de meu coração que bate baixinho, em tom descompassado teu nome!
Neste pequeno instante, em que tudo se transforma, em que o pensamento te inventa junto a mim, encontro meu porto de abrigo... abraço teu onde me aconchego!
Neste momento em que a saudade chama por ti, eu sei que o calor é apenas o toque de teus lábios, num beijo infinito...
Está calor...
Sentada na areia, olhar perdido no horizonte de um fim do mundo onde eu sei que te encontro, deixo que a brisa leve meus pensamentos para junto de ti. O sol vai deitando-se devagarinho, transformando o dia em noite, unindo com cores quentes o mar e o céu num só. Penso em ti...
O cheiro a maresia cola-se a minha pele, lembrando o aroma da tua. Arrepio-me ao sentir a brisa quente que traz com ela salpicos de mar. São tuas mãos, com ternura, que passeiam pelo meu corpo... caricia de tua alma na minha...
Nos lábios o gosto a sal traz a saudade de teu beijo. Eu sei que ele sabe a mar, que é feito de tempestades de paixão e de calmarias cheias de emoção... sei que tem o sabor do desejo... sei que sabe a vida... que é vida!!
O mar traz-me o silêncio em tua voz e a melodia que as ondas cantam ao beijar meus pés, transforma este pequeno mundo num sonho onde não há ausência. Sei que estás junto de mim, segurando minha mão, beijando as pontas dos dedos... Sei que a brisa sussurra palavras tuas em meu ouvido.. sei que sim... Saudade de tua voz!
A noite caiu devagarinho e envolveu-me em seu abraço de estrelas. É tempo de voltar... O luar guia meus passos de volta a realidade, deixando na praia meu sonho e a doce sensação de estar em teus braços...
Amanhã...amanhã voltarei para a praia, contigo em meu pensamento... e de novo, estarás junto a mim... para te amar... para te amar!!
Sonho que a escuridão da noite se veste de luar e que nas sombras onde desenho teu rosto, tu ganhas vida... Que a brisa leve que entra pela minha janela entreaberta, agita as cortinas e acaricia minha pele, é a tua respiração que me toca e arrepia...
Sonho que a melodia suave que ecoa baixinho e que embala meus sentidos, se faz tua voz e que com ternura dizes as palavras que desejo ouvir, aquelas que dizem todos os que amam... Que a canção que toca na radio e envolve meu silêncio é o teu pensamento falando alto...
Sonho que a solidão se enche com tua presença e tudo fica mais bonito. Que a noite se faz dia para te ter em minha vida e que de novo volta ser noite para te ter em meu sonho...
Sonho...
O coração sonhou e deixou-se levar por mundos encantados, historias de mil e uma noites… Seguiu caminhos de luz que o guiaram por emoções doces e ternas…
O pensamento inventou lugares de magia onde os sentidos se reflectiam nas paredes vazias das noites escuras…sorrisos e lágrimas foram sentidas no rosto que não via, no olhar que não me via…
Mas a dor chegou de mansinho sem se anunciar e estilhaçou minha alma… Desfê-la em mil pedaços que caíram por terra deixando-me tão vazia…tão sem nada que por momentos pensei não mais existir…
Olho para os pedacinhos de mim, caídos no chão e choro pelo mal que me fiz a mim mesma…
Entras de mansinho em minha vida, pintando cada dia com uma cor diferente, fazendo nascer um sorriso na alma… Chegas como quem nada quer, mas transformas as horas em segundos e as noites transformam-se em contos de fadas… Os sonhos ganham as formas que lhes dás e as sombras devolvem-me o reflexo de teu rosto, sorrindo…
Fala-me de amor…
Envolvas-me num abraço de ternura, como se fosse menina a quem queremos proteger. Fazes meu coração disparar, bater descompassado até encontrar o ritmo do teu. Perfumas minha pele com o aroma da tua que se cola a minha em cada desejo. Na minha boca o sabor suave de teus lábios num beijo que queria infinito…
Fala-me de amor…
Em meu silêncio nasce o tom meigo de tua voz que arrepia a alma. Palavras de carinho que soam no coração como carícias… Silêncios preenchidos de ausências que se fazem melodia em meu peito e tornam-se saudade do que há-de vir… Saudade de te ter em minha vida!!
Fala-me de amor…
Preciso tanto de te ouvir falar de amor… De saber o sentido que lhe dás. Quero conhecer as palavras que dizes baixinho, sussurrando ao vento desejos e vontades. Fala-me de teus sentidos, e das emoções que sentes… Fala-me de ti… Fala-me de mim…mas mesmo que sejas ilusão ou sonho inacabado… Fala-me de nós!!
O dia amanheceu devagarinho, chegando de mansinho para afastar os sonhos que a noite embalou. Entrou pela janela e iluminou o quarto com um bom dia radioso. Está na hora de deixar mais uma vez a ilusão de teus abraço…
Visto-me de tua ausência e faço do teu silêncio , minha voz… Começa assim mais um dia de uma vida que se faz vida sem ti.
O dia está lindo e mesmo sem te ver, eu sei que estás e sei que me farás um sinal, nem que seja para me dizeres que vives… em algum lugar deste fim do mundo!
Descubro-te no calor do sol que, com um raio mais atrevido, brinca na minha pele deixando-a quente… na carícia suave de tua mão. Encontro-te no reflexo dos olhares que se cruzam com o meu, no sorriso que nasce no rosto de desconhecidos mas que eu sei que é teu…
O dia está lindo sim, porque estás comigo, preso em mim, na alma que se faz tua, no pensamento que te inventa a cada instante, no coração que bate por ti… E sei, que me vais encontrar, porque chamo por ti…espero por ti!!
E quando o dia finalmente chegar ao fim, eu sei que de novo estarás comigo, preso em meu sonho. Quando o sol dá lugar a suave luz do luar, cada estrela se torna parte de nós e no infinito deste amor, somos apenas um!
Queres palavras para definir o teu sentir... tenho palavras não tenho o teu sentir...
Tenho o desespero de querer possuir a tua alma e ser quem tu és, sentir como tu sentes. Quero ser o teu corpo penetrado pelo meu corpo, a tua boca beijada pela minha boca e a tua pele tocada pelos meus dedos.
Tu devias ser o meu corpo... Tu devias sentir o que sinto...
Devias sentir o meu ser no espírito e na carne, na dor e no prazer, na posse e na entrega.
Devias sentir o que sou quando te dispo febril e a minha boca percorre o teu corpo no momento em que ele se revela, quando te agarro o peito e deixo que as minhas mãos se encontrem no teu gemido, quando te molho os bicos para aliviar a dor e os puxo para que a dor seja ainda maior.
Devias sentir o que sinto quando sei que te dói; a dor faz-te forte e faz com que me possuas (e ao ser teu, dói-me como te dói a ti - faz-me forte - e ao doer-me, faz com que te possua); a dor constrói um mundo em que não há corpo, em que não há tempo... a dor é pura e infinita... como a alma.
Devias sentir o que sinto quando estou no meio de ti e sinto como puxas para que esteja ainda mais fundo; o teu fundo é quente, molhado, envolve-me e sinto-o a agarrar-me com mais força do que a tua mão me agarra quando a faço eu agarrar por ti.
Devias sentir o que sinto quando do devagar passo à força com que o meu peso choca nas tuas coxas, no teu ventre, no teu peito...
No momento em que fazes de mim a besta que já não é humana e já não quer tua alma (quer o teu corpo ... e quer esmagá-lo), no momento em que os meus olhos vêem branco baço e que só importam os gritos que soltas e o rasgar dos sentidos, no momento em que o arranque do calor nasce no meu fundo, sobe e se espalha até nada ser real excepto as luzes no olhar e o jorro do meu ser, nesse momento devias sentir o que eu sinto...
...aí eras eu... aí já tinhas palavras.
Raphael
Encontrei este texto passeando pelo mundo da Internet... Fiquei presa em suas palavras... Descobri que existe, afinal, palavras que mostram o sentir... Alguém com nome de anjo, soube fazê-lo... Achei lindo e resolvi partilhar o texto com quem passa por aqui... Espero que tenha o mesmo impacto em vocês...
Procurei um poema que pudesse transmitir o sentimento que prende meu coração. Encontrei muitos que falam da mesma emoção mas nenhum tinha o teu sentido
Li imensos textos, descobrindo em cada um deles, palavras de ternura que poderiam enfeitiçar minha alma. Mas nenhum deles usava a tua magia
Descobri mil imagens sugestivas de um amor calmo e sereno, cheias de luz e cores.
Mas tornam-se cinzentas e opacas diante o brilho do teu olhar
Desisti de procurar algo para escrever, que pudesse de alguma forma falar-me de ti. Não há palavra que tenha a tua carícia, imagem que tenha o pincelar de teus dedos em minha alma
Não há poesia como o toque suave de um beijo teu nem melodia mais bela que o bater de teu coração
Como nada encontrei, deixei minha alma sentir
e tu sabes o que ela sente
e nada mais preciso escrever!!
O dia amanheceu triste, chorando saudade...
Saudade do calor de teu abraço, de teus lábios tocando os meus, num beijo...
Saudade de um momento que dura sempre o tempo de um sorriso mas que se torna eterno...
O dia amanheceu cinzento, pintando a alma de melancolia...
O olhar perde-se no horizonte, transformado pela chuva miudinha que cai. Toda a natureza parece sentir a mesma solidão sem teus braços rodeando meu corpo. O mesmo silêncio de tua voz se faz ouvir lá fora e enche minha alma de uma doce tristeza.
Tudo parece tão cinzento, esquecido pelo brilho do sol e esta chuva que cai silenciosa são apenas lagrimas infinitas de meus olhos presos em teu olhar... Não sei porque me sinto tão só, porque me sinto vazia nem porque chore a natureza e minha alma.
O dia amanheceu cansado, procurando por ti...
Por entre nuvens de sentidos que ficaram gravados, peço um raio de sol, um sorriso em teu rosto! A chuva bate na minha janela, e canta em meu peito a doce melodia de meu amor. Não quero sair desta nostalgia que cheira a terra molhada e que se transforma no aroma de tua pele, no sabor de um beijo teu.
O dia amanheceu em silêncio, com teu nome em meus lábios....
Lá fora as Camélias ostentam suas flores, colorindo o cinza do dia e sem se importar com a chuva que cai. Baloiçando-se ao sabor do vento, abrem suas pétalas para um raio de sol imaginado por entre os pingos de chuva...
Como elas também eu mostro a cor de meu coração, pintando minha vida com as cores suaves de um terno amor, também eu abro minha alma porque misturado com as lagrimas que chove em minha vida, nasce o raio de sol em teu sorriso que me ilumina...
... mesmo quando o dia amanhece triste...
Não sou poeta...
As palavras nascem na alma procurando inspiração no coração e quando finalmente encontram a magia que procuram, são ditadas nas pontas dos dedos, pelo pensamento. Quando ditas ao vento, são sementes de cores que encontram por vezes um cantinho doce onde virá a florescer um sorriso... mas quando ditas a alguém em particular, essa semente transporta carinho e dela, pode nascer amor e amizade...
Não sou poeta...
Nas palavras que aqui pinto, deixo sempre parte de minha alma, bocadinhos de um coração que bate baixinho e por vezes descompassado. Não são palavras difíceis ou complicadas de entender. São simples como simples eu sou. São apenas sons que grito em silêncio e que por vezes, por uma magia qualquer, são ouvidos e sentidos!
Não sou poeta...
Não, não sou poeta... não sei fazer rimas nem quadras. Nem sei sequer usar as palavras. Apenas deixo-as nascer e crescer em folhas brancas. Há dias, em que elas ganham a cor do arco-íris e transformam tudo, outros há, em que elas não conseguem libertarem-se das sombras da noite e tudo permanece cinzento!
Não sou poeta...
Nem nunca o serei...apenas escrevo os sentidos que um coração inventa, e as sensações que despertam... Escrevo lagrimas e sorrisos...
Não sou poeta, mas escrevo em cada palavra, o mesmo amor que o poeta sente!!
Quando a noite cai serena e pinta o céu com seu manto estrelado, na luz tímida do luar que ilumina as almas solitárias, no silêncio de quem há muito dorme, procuro por ti...
No vale dos lençóis onde os sonhos se repetem noite após noite, na solidão de meu quarto, nas paredes onde as sombras te inventam, no raio de luar que entra pela janela, procuro por ti...
Na musica que toca baixinho uma melodia doce que fala de um amor esquecido, no som de um coração que bate levemente e que embala o sonho, procuro por ti...
Nas minhas mãos que deslizam pelo corpo e tacteiam a pele com as pontas dos dedos, sentindo uma caricia infinita na alma, no cheiro a maresia que invade meus sentidos onde deixaste o teu aroma, no sabor a sal em meus lábios, gravado por um beijo longo e doce, procuro por ti...
Nos sentidos que despertas em cada pensamento, nas emoções que ensinas em cada lembrança, no arrepio que causas em tua ausência, no sonho onde me aguardas, procuro por ti....
No coração que bate só por existires, na alma que se completa no aconchego da tua, encontro-te...
A musica toca baixinho, enche a sala de melodia e enquanto deixa cair palavras de um poema cantado, o pensamento dança ao ritmo da canção...
Tudo fica quieto e o coração segue descompassado os passos de uma dança que as emoções teimam em inventar.
Penso em ti...
A chuva bate na minha janela, chama por mim. A melodia fica mais triste, tornando o poema mais sentido. O cinza do dia pinta a alma de nostalgia, trazendo a saudade.
Nuvens carregadas de sonhos, enchem meu olhar com o teu e no meio da quietude que se faz solidão, a chuva cai em meu rosto.
Penso em ti...
A musica canta mais uma vez a mesma melodia, soltando as palavras que te fazem poema em mim... e a chuva acompanha o mesmo ritmo, como se quisesse fazer parte das emoções que a musica desperta. Olho pela janela e no reflexo do vidro, as sombras do dia ganham forma.
Penso em ti...
Hoje, vou ouvir a mesma canção... vou deixar a chuva entrar em meu coração.
Quero encher minha alma desse poema que embala meu pensamento e... me faz pensar em ti...
O amor que sinto por você é algo tão grande que é capaz de contagiar o universo, mas ao mesmo tempo é tão pequeno que cabe inteiro só no meu coração. (André Ferreira)
A palavra Amor, tem muitas definições e no entanto nenhuma explicação. Podemos passar uma vida a procura de razões e de porquês que a única coisa que vamos descobrir é exactamente aquilo que se sente: um conjunto de emoções que nos deixam completamente perdidos.
E perdida ando eu, vagueando pelos sentidos que tu despertas. Encontrando em cada emoção minha razão de ser, em cada sentimento, mais uma vontade de viver... Viver e sentir... e amar!! Já não procuro respostas, nem sequer coloco as perguntas. Apenas sinto... E em cada pensamento que me leva junto de ti, me descubro e de novo me perco...
A palavra Amor ganha e perde o sentido... Transforma-se a cada instante... É ternura, carinho...é desejo, paixão... Pode nascer de um sorriso, crescer numa caricia e encontrar a sua essência numa entrega total. Ao descobri-la, perdi minha alma. Fiquei prisioneira em tua pele, no teu cheiro e viciada na doçura de teu beijo, no sabor de teus lábios...
E assim, descubro que o Amor, tem muitas definições mas um único sentir...
Basta pegar uma folha de papel em branco e deixar o coração usar os dedos e uma caneta, para falar de amor, amizade, carinho
para falar de amor
Basta seguir o batimento do coração para encher linhas de sentimentos, de pensamentos que nascem ao ritmo dos dias e das noites de uma vida
Basta isso sim
E no entanto, hoje, a folha mantém-se branca, os dedos parecem ter perdido as palavras e recusam-se a escrever o que o coração dita
Como é difícil expor o sentimento mais bonito e mais puro que existe. Como é difícil falar de ti
Cada segundo de ti está gravado em minha alma, cada sorriso, cada lágrima
cada gesto teu está marcado na minha memória...
Vives em mim
Teria tanto o que escrever, tanto que lembrar Poderia encher folhas de ti e do que és para mim. Poderia começar pelo meu desejo de te ter, de tua entrada em minha vida e de como a preenches e lhe das sentido Tanta partilha, brigas, presentes e mimos e amor
Mas hoje, não vou encher esta folha, vou deixa-la em branco, porque hoje não te quero partilhar, mas sim embalar-te em meu colo e de novo mimar-te
Hoje, guardo as palavras de amor e só contigo as posso partilhar, porque és único e meu amor por ti, sem limites
Amor que existe muito antes de tu nasceres mas que foi crescendo contigo e hoje
hoje completa contigo vinte anos!!
Hoje, num beijo apenas, mas num beijo onde está a mais belas das emoções, num simples beijo, digo-te o quanto te amo
Parabéns meu filho meu amor!
Hoje, e pela primeira vez, não vou escrever pedacinho de alma, sonhos nem sequer vou inventar um instante de magia como tantas vezes o fiz, ao colocar em palavras sentidos e emoções
Hoje, não vou escrever palavras que serão de amor ou carinho e espero, digo bem espero, que elas não sejam ditas ao vento, mas sim há quem são dirigidas, e que as ouçam e entendam!!
Meus textos falam de muitas coisas, mas acima de tudo de sentimentos. Nunca, em nenhum deles, irão encontrar uma palavra mais azeda que a outra ou que seja sequer, interpretada como ofensa. Sempre usei palavras doces, ternas e com elas sempre tentei transmitir uma certa paz, não só a quem me lê mas para mim também.
Assim, a ti Gonçalo, peço que não voltes a colocar comentários como aqueles que aqui colocastes. Sei, que uma vez que publico meus textos para toda a gente ler e tenho os comentários em aberto para quem quiser soltar sua opinião, devo me sujeitar e aceitar o que tem para me dizer. Mas não é esse o caso!! Já li em outros blogs, tua opinião e sempre usastes de palavras bonitas. Sempre me encantastes com teu jeito doce de dizer o que pensavas. Espero que o faças aqui também ou então que te abstenhas de o fazer. Nunca fui de alimentar guerrinhas em minha vida, quanto mais por aqui
A ti C., sentes minhas palavras como ninguém e colocas aqui o teu sentir Tuas palavras por vezes são muito fortes, tanto que despertam emoções e sentidos. Provocas muitos outros comentários que não são colocados aqui mas que me são transmitidos por e-mail Já despertastes ciúme, inveja mas também amor! Espero um dia poder falar-te disso sem que seja por aqui
Espero sinceramente, que acabem com as agressões e que se entendam ou então que procurem outro campo de batalha
Um beijo aos dois!
Tal como uma brisa de verão, acaricias a pele num gesto suave e despertas doces emoções. És a paz de uma noite serena, a melodia de uma canção que marca o ritmo de meu coração...
Tal como o vento forte e frio no inverno, prendes-me na força de um abraço, envolves-me e arrepias... mexes com os sentidos. Adormeço ouvindo-te lá fora embalada pelos sonhos que me sopras ao ouvido. Desperto para o dia que nasce, contigo ao meu lado soprando as nuvens para longe, clareando meu dia com um sorriso...
Tal como o rio que corre veloz, fazes do meu corpo tuas margens. Segues caminhos por mim inventados onde tento te aprisionar e manter. Em tuas águas, mergulho e deixo-me levar para onde quiseres. És o gosto que mata minha sede...
Tal como a lagrima que cai, és alegria que faz de minha vida uma paleta de cores... Um arco-íris de sentidos que faz brotar o sentimento mais bonito que se possa sentir. Mas tal como a lagrima que cai, também és a dor da ausência, da espera sem fim...
Em minha alma és tudo aquilo que quiseres... porque és tudo aquilo que eu sinto...
Nesta alma que por ti se faz transparente, para que nela possas te encontrar e assim quem sabe... nela ficar!
Num momento em que o silêncio toma conta do meu pequeno mundo, o céu torna-se meu tecto, as estrelas minha companhia. O vento que sopra lá fora parece chamar por mim e num abraço apertado faz minha cabeça rodopiar.
Abro as asas do meu pensamento e sigo caminho por entre os sonhos...
Ao longe, uma suave melodia embala a noite, enchendo-a de magia. O vento parece bailar ao som da musica. Por vezes calmo, feito brisa de verão, despertando sentidos... Outras vezes, soprando forte, trazendo tempestades de emoções.
Sinto nas pontas dos dedos o coração bater ao mesmo ritmo dessa melodia que me envolve, me seduz... e nesse instante, solta-se a alma...
No infinito de um céu pintado de mil estrelas, minha alma baila ao vento nas noites de luar.... Alma pequena que se veste de sonho e procura na doce melodia de um sorriso, o ritmo certo para seu coração...
Voa, abre as asas e dança, alma minha e faz do sonho tua realidade!!
Esta noite vesti-me de lua cheia e procurei-te pela cidade na esperança de te encontrar. Espalhei um raio do meu luar por esses caminhos perdidos, para iluminar teus passos e assim, guiar teu caminhar por estradas de luz.
Salpiquei de brilho as estrelas para que no firmamento, elas pudessem prender teu olhar. Escrevi com elas, num céu sereno de uma noite calma e fria, o mais belo dos poemas.
Fiz versos e rimas e separei tudo em pequenas quadras. Tinha a certeza que assim, estivesses onde estivesses, pelo menos uma, irias conseguir ler!
E esperei, quietinha, cheia de orgulho por ver os namorados beijarem-se, banhados pela minha luz... Esperei, sorrindo porque sabia que, em algum momento, irias olhar para cima e teu olhar iria prender-se no meu e, nas estrelas, irias ler o quanto eu sinto tua falta!! Esperei um sinal de ti... Esperei até ao amanhecer...
Lá longe, o sol nasceu e a magia da noite desapareceu na bruma. As estrelas recolheram-se e tive que deixar de ser lua cheia... A noite passou e não te encontrei...
De nada serviu iluminar as ruas com minha esperança pois minha luz apenas trouxe mais escuridão ao dia que nasceu.
Ainda encontrei nas gotas de orvalho, algumas rimas de um poema que ficou esquecido e de novo fiquei com a certeza que mais logo, quando a noite cair, de novo estarei procurando por ti... Serei de novo lua ou estrela...
Ou simplesmente, alguém que na noite calma e fria, sonha e inventa-te num poema!!